Ceará aposta no Mogno Africano para transformar o semiárido em floresta produtiva
Na contramão da desertificação e da escassez hídrica, um novo capítulo da história do semiárido cearense começa a ser escrito — e ele é verde, valioso e sustentável. O protagonista? O mogno africano (Khaya senegalensis), uma das madeiras nobres mais valorizadas do mundo, que agora se torna símbolo de esperança ambiental e geração de renda no Ceará.
Chico Rosa Online
5/8/20241 min read


Reflorestar para crescer
Projetos de reflorestamento com mogno africano vêm ganhando força em diferentes regiões do estado. O modelo combina preservação ambiental com produção econômica, beneficiando pequenos agricultores, comunidades rurais e investidores com visão de futuro. Além de ser resistente às condições do semiárido, o mogno oferece alto valor agregado no mercado de madeiras nobres, podendo alcançar preços superiores a R$ 8.000 por metro cúbico quando madura.
Do chão seco ao solo fértil
Graças à sua adaptação ao clima tropical seco, a espécie se mostrou ideal para áreas degradadas e solos pobres. “É uma árvore que cresce bem com manejo certo, irrigação inicial e consórcios com outras culturas, como milho, feijão ou tamareiras”, explica um engenheiro florestal da região.
O uso de tecnologia agroflorestal e sistemas de irrigação de baixo custo tem viabilizado a expansão dos plantios. Mais do que árvores, o mogno tem gerado empregos, sombra, biodiversidade e novas perspectivas para o campo cearense.
Investimento com propósito
Enquanto o Brasil ainda busca equilibrar conservação ambiental e produção rural, o Ceará dá exemplo. Cooperativas, startups e associações locais estão estruturando modelos de economia verde, oferecendo cotas de reflorestamento com retorno de longo prazo para investidores e impacto direto nas comunidades envolvidas.
Projeto-piloto no sertão
Um dos projetos mais promissores foi implantado em uma área de 10 hectares na região de Quixadá, onde o solo seco hoje abriga fileiras de mogno irrigadas por energia solar. A iniciativa une ciência, fé e cultura local, gerando visibilidade nacional e até internacional.
Um futuro mais verde nasce no sertão
No coração do Ceará, onde por décadas a seca foi sinônimo de escassez, o reflorestamento com mogno africano revela um novo cenário: resiliência, sustentabilidade e abundância. Se bem cuidado, cada hectare de mogno pode se tornar uma poupança verde, uma floresta viva que enriquece a terra e quem nela trabalha.
Reflorestar é mais do que plantar árvores. É cultivar um novo amanhã.
Sustentabilidade
Fomentando o agro sustentável no semiárido brasileiro.
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